quinta-feira, 27 de agosto de 2015

Coisas que ficam

No dia em que perdi o ipod.

Pois é. Perdi o ipod.
Mais de 12giga de música.
Mas eu só tava ouvindo Sufjan,  Sharon  de Karina
Vez ou outra Criolo, Maglore e depois mais Karina.
E voltava pro Sufjan.
Passava um tempo com Jack Johnson.
E mais Karina, Karina, Karina.
Não lembro qual foi a última música.
Lamento não ter prestado atenção.
Mal sabia que seria uma despedida.
Não sei se foi no cinema, na rua ou no bar.
Quando lembrei dele já não estava mais lá.
Meu melhor amigo. Não deixava eu me irritar com trânsito, demoras e evitava o sono profundo no caminho de volta.
Vai fazer falta.
Vamos lembrar de coisa boa.
Sobre o dia.
Era um dia nublado, cinzento.
Uma manhã com palestras.
A primeira era sobre suicídio.
Não se pode esperar que coisas boas aconteçam quando o dia começa assim.
Mas depois o assunto foi esporte.
Surgiu uma luz no fim do túnel.
A tarde fez frio. Tempo bom para filmes.
No plural mesmo.
Um atrás do outro.
Um velho e o outro novo.
Cult e clássico.
Um filme rápido e outro prá lá de demorado.
Tudo em preto e branco.
Obra e A Doce Vida
Irandhir e Marcello.
A primeira cena de “Obra” é tão doce, tão bela e a fotografia remasterizada de “La Dolce Vita” é uma obra que vale a pena admirar por 3 horas.
Também teve hambúrguer e cerveja.
O ipod se foi.
Acontece.

Mas muitas outras coisas ficam.

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