2015 foi um ano literário. 2016 não começou
bem não.
Não sei o motivo. Pensei a respeito e nenhuma
explicação plausível consegui encontrar. A verdade é que eu não estava
conseguindo mais ler. Ler livros. Coisas sobre o Fluminense, séries e cinemas
eu continuo a ler. Só livros que não.
Acho que foi um pouco por causa da indecisão
e da enorme quantidade de opções. Eu tenho uma pilha de livros novos para ler.
E uma dificuldade maior ainda para escolher.
Eu olho pra pilha. Pego um livro. Acho que é
esse. Mas ai olho pra outro. Talvez seja melhor começar por aquele. Não. E
aquele outro ali?
E ai eu fico nessa. Não consigo ler nenhum.
Quero ler todos. Escolher um passa a ser injusto. Resolvo então procurar um
novo. Na maioria das vezes acaba sendo um novo livro pra pilha. Vez ou outra um
livro surge na minha vida e ai sim eu consigo ler. Um encontro inusitado.
O primeiro encontro foi Carol. O livro que
virou filme. O filme que tinha a Cate Blanchet e a Rooney Mara. Duas mulheres
que se olham e se apaixonam. Finalmente o ano literário começou. O plano era
ler o livro e depois ver o filme.
Enrolei, enrolei e quase que não consegui ver
o filme no cinema. Quando as sessões reduziram bastante eu larguei o livro e
fui ver o filme no cinema.
E quando eu largo um livro quase sempre eu
largo de vez. E o plano já tinha sido estragado. O filme também não ajudou.
Gostei, mas não o bastante para continuar naquela história, mesmo tendo achado
muito bom o pouco que tinha lido.
Resolvi tentar outro livro adaptado para o
cinema. Fui pro Quarto que virou O quarto de Jack. Eu achei que ia, só que
também não foi. Cheguei a pegar o livro. Nunca passei da primeira página.
Inexplicável. Achei o filme tão maravilhoso.
Bateu um desespero. Uma certa preocupação.
Tudo porque eu finalmente consegui o meu clublinho do Livro. Como eu poderia
ser um mediador de clube do livro que não consegue ler um livro?
Achei que acrescentar responsabilidade iria
resolver. O primeiro livro do clube seria o vencedor do Oscar de Roteiro
adaptado. A Grande aposta ganhou. A jogada do século seria o livro.
Fiquei animado pra logo em seguida desanimar.
Problemas de logística provocaram mudanças. Tive que escolher um outro livro. E
todo livro que eu escolhia acabava com mesmo problema.
E então uma garota surgiu e resolveu tudo.
Uma garota Dinamarquesa.
2015 foi literário por causa de um clube do
livro. 2016 não estava sendo literário justamente porque eu não estava mais
conseguindo ir pro clubinho. Nada melhor do que voltar a ler por causa de um
novo clube.
Fiquei animado. Janeiro e Fevereiro se foram
sem literatura, tudo bem. O ano só começa mesmo depois do carnaval e Março
seria o início de uma bela trajetória de livros, histórias e encontros mensais
para compartilhar impressões, dicas e o que mais surgir.
Então comecei a ler o livro. Claro que outra
interrupção aconteceu. Calma! Não larguei. Não tive outro problema sem
explicação. Apenas parei momentaneamente para ler outro livro. Um livro que me
encontrou.
Como casar com André Martins, da índigo. Um
livro pequeno, simples, adorável, encantador, fofo e com ilustrações bem
bonitinhas. Uma descoberta, um presente de Páscoa. Um livro que você lê
rapidinho. Enquanto está no ônibus ou no intervalo do lanche no trabalho.
Meu primeiro livro neste ano foi tão doce
quanto chocolate.
E feito mágica tudo se resolveu. Devorei o
livro e queria mais. Quero mais.
E agora eu preciso voltar lá pra Garota. No
início do texto eu não tinha lido nada. Agora já estou no meu segundo livro.
Esquece o que falei lá em cima. 2016 já está
bem literário.
Olha, o clubinho é domingo, dia 17 de abril.
Lá na Barra, na Travessa do BarraShopping.
Nem adianta falar que é longe. Longe é só um
lugar onde tem um clube do livro que você nunca vai.
Manda um i-meio para confirmar presença: clubedeleitura.cinebook@travessa.com.br
Flu
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