domingo, 10 de maio de 2015

O verde da esperança

Dia de festa. Pó de arroz, luzes coloridas, bandeiras, balões e muita cantoria. O primeiro jogo do Campeonato. O início. A chance de começar de novo. Esqueça o Carioca, a Federação, os juízes, o Eurico, o Rubinho e a Unimed. Pense positivo. Tem o Fred, o retorno do Magno Alves, o Gérson no time titular e o Wagner no banco. A camisa é nova. A camisa é verde. O verde é da esperança.
A vitória era uma certeza. Festa tem que ter final feliz. Tudo pra dar certo. Embalos de sábado no Maraca. Uma goleada, uma chuva de gols. Fred, Magnata, Kennedy, Gérson... tudo conspirava para um show no maraca.
Só que o trânsito complicou. A fila pra comprar ingresso era gigante. A fila para entrar no estádio era maior ainda. Perdi a festa da torcida. Perdi 10 minutos de jogo. O cara do meu lado disse que eu não perdi muita coisa. O Joinville perdeu um jogador e eu pensei que o show ia começar.
Não começou. Magno Alves não jogou. O Fred pouco se movimentou e a coisa toda desandou.
Sorte que a camisa nova é verde. Verde da esperança. Ah, esperança. A última que morre. Morre no fundo da rede, aos 43 minutos do segundo tempo. Vinícius, o nome dele. O herói mais do que improvável. Quem iria imaginar e apostar nele no cartola? Nem ele, nem a mãe.
Na noite que parecia ser mágica, 1x0, a mais cretina das goleadas, acabou sendo o resultado mais justo. Um empate seria frustrante pra todos que foram lá. Uma derrota, um desastre e uma vitória mais elástica iria iludir demais o torcedor.
Sofrido, sonolento, dramático. O três pontos estão garantidos, mas o time precisa melhorar para conseguir conquistar muitos outros.
Pelo menos a camisa nova deu certo, deu sorte. O verde da esperança. Esperança! É o sentimento que vai dominar meus pensamentos neste campeonato.

***

Enquanto a torcida ia embora do Maracanã um torcedor comentou com um amigo: “Vou ser campeões. Estou prevendo.”

ESPERANÇA!


Fluminense 1x0 Joinville

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