Finalmente li um livro neste ano. Que
vergonha! Abril chegou ao fim, já estamos em maio e só um livro lido. Não sei
direito o que aconteceu. Logo eu, leitor voraz, apaixonado por histórias. E
olha que tentativas não faltaram. Tentei. Tentei muito. Não faço ideia do que
está acontecendo comigo. Difícil explicar. Melhor deixar para a terapia. Vou
colocar a culpa nas escolhas. Os livros que tentei não ajudaram.
Me recomendaram um que eu adorei de início,
só que pela metade ficou chato. Nem sei aonde ele foi parar. Nem lembro o nome.
Depois tentei ler o da Lena Dunham. Muito mais pra um diário do que um livro. Pensava
que teriam contos, uma obra de ficção. Fanzoca de Girls, fiquei um pouco
decepcionado e larguei ele de lado bem antes da metade. A temporada da série
pelo menos foi legal. Essa eu vi tudinho. Depois de Lena veio Tina. Não sou
muito de ler biografias, mas resolvi tentar algo diferente, talvez a vida de
uma mulher que eu admiro tanto pudesse colocar meu hábito de leitura de volta nos
trilhos. O problema foi que assisti Unbreakable Kimmy Schmidt antes de começar
a lei. Fui cheio de expectativas e ri muito menos do que esperava. Tina Fey me
decepcionou. Até comecei a leitura. Larguei também. A série foi um golpe duro
na minha admiração por ela. Agora fica bem mais fácil escolher a mulher mais
engraçada do showbiz. Amy Poehler!
E ai os dias foram passando e eu cada vez
mais incomodado. Saia de casa sem nenhum livro na mochila. Ficava entediado no
ônibus, no metrô, na fila do consultório. E sempre esquecia de carregar o
Kindle. Até o cabo dele eu perdi. Demorei um tempo pra achar.
Achei também um livro do Stephen King. Pior
tipo de livro pra ler em um momento onde não se consegue terminar livro algum.
Gigantesco! Só de sentir o peso e ver todas aquelas páginas... desanimei mais
uma vez.
Parei de visitar livrarias. Nem jornal eu tô
mais lendo lendo. Ai a culpa é da política e do Fluminense.
E ai, do nada, eu lembrei do livro do Daniel
Galera. Até o dia em que o cão morreu! Achei o cabo do Kindle, carreguei,
conectei o wi-fi, achei, comprei e li.
Não foi tão fácil assim.
Faz muito tempo. Achei esse livro na
livraria. A capa me chamou atenção. Nem sabia quem era Daniel Galera. Achei foi
caro. Muito dinheiro pra um livro tão fino. Não comprei.
Depois bateu vontade de ler. O problema foi
que esqueci o nome do livro e do autor. Voltei lá. A mocinha da livraria
procurou, procurou e conseguiu achar. Eu só lembrava que era vermelho e tinha
um cachorro preto na capa. Não foi tão difícil assim. Acabou que eu também
tinha esquecido o preço. O tempo não mudou o valor. Nada de desconto ou
promoção. Não comprei.
Até que por esses dias bateu uma vontade
forte de ler, de voltar a ler, de terminar uma história. Olhei a pilha de
livros incompletos e lidos pela metade na minha bancada. Vi os e-books na lista
do Kindle. Nada me interessava. Foi quando Até o dia em que o cão morreu surgiu
novamente. Não lembrei o nome do livro. Lembrei o sobrenome do Daniel. Galera!
Rapidinho achei. Comprei, baixei e li. Rápido assim.
Uma história maravilhosa, gostosa de ler. Me
envolvi e me identifiquei com o protagonista. Que vontade de arrumar um
cachorro. Vontade de arrumar uma modelo também.
Tanto tempo sem ler, sem terminar um livro e
quando consigo faço isso rapidamente. Não durou um dia.
Um drama gaúcho trilegal, tche.
Recomendo bastante.
Gostei tanto que já providenciei mais um
dele. Agora é Barba feita de sangue. Esse é maior. Vou ficar mais tempo com
ele. Espero que continue nesta vibe e termine também.
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