terça-feira, 5 de maio de 2015

Até o dia em que voltei a ler um livro.

Finalmente li um livro neste ano. Que vergonha! Abril chegou ao fim, já estamos em maio e só um livro lido. Não sei direito o que aconteceu. Logo eu, leitor voraz, apaixonado por histórias. E olha que tentativas não faltaram. Tentei. Tentei muito. Não faço ideia do que está acontecendo comigo. Difícil explicar. Melhor deixar para a terapia. Vou colocar a culpa nas escolhas. Os livros que tentei não ajudaram.
Me recomendaram um que eu adorei de início, só que pela metade ficou chato. Nem sei aonde ele foi parar. Nem lembro o nome. Depois tentei ler o da Lena Dunham. Muito mais pra um diário do que um livro. Pensava que teriam contos, uma obra de ficção. Fanzoca de Girls, fiquei um pouco decepcionado e larguei ele de lado bem antes da metade. A temporada da série pelo menos foi legal. Essa eu vi tudinho. Depois de Lena veio Tina. Não sou muito de ler biografias, mas resolvi tentar algo diferente, talvez a vida de uma mulher que eu admiro tanto pudesse colocar meu hábito de leitura de volta nos trilhos. O problema foi que assisti Unbreakable Kimmy Schmidt antes de começar a lei. Fui cheio de expectativas e ri muito menos do que esperava. Tina Fey me decepcionou. Até comecei a leitura. Larguei também. A série foi um golpe duro na minha admiração por ela. Agora fica bem mais fácil escolher a mulher mais engraçada do showbiz. Amy Poehler!
E ai os dias foram passando e eu cada vez mais incomodado. Saia de casa sem nenhum livro na mochila. Ficava entediado no ônibus, no metrô, na fila do consultório. E sempre esquecia de carregar o Kindle. Até o cabo dele eu perdi. Demorei um tempo pra achar.
Achei também um livro do Stephen King. Pior tipo de livro pra ler em um momento onde não se consegue terminar livro algum. Gigantesco! Só de sentir o peso e ver todas aquelas páginas... desanimei mais uma vez.
Parei de visitar livrarias. Nem jornal eu tô mais lendo lendo. Ai a culpa é da política e do Fluminense.
E ai, do nada, eu lembrei do livro do Daniel Galera. Até o dia em que o cão morreu! Achei o cabo do Kindle, carreguei, conectei o wi-fi, achei, comprei e li.
Não foi tão fácil assim.
Faz muito tempo. Achei esse livro na livraria. A capa me chamou atenção. Nem sabia quem era Daniel Galera. Achei foi caro. Muito dinheiro pra um livro tão fino. Não comprei.
Depois bateu vontade de ler. O problema foi que esqueci o nome do livro e do autor. Voltei lá. A mocinha da livraria procurou, procurou e conseguiu achar. Eu só lembrava que era vermelho e tinha um cachorro preto na capa. Não foi tão difícil assim. Acabou que eu também tinha esquecido o preço. O tempo não mudou o valor. Nada de desconto ou promoção. Não comprei.
Até que por esses dias bateu uma vontade forte de ler, de voltar a ler, de terminar uma história. Olhei a pilha de livros incompletos e lidos pela metade na minha bancada. Vi os e-books na lista do Kindle. Nada me interessava. Foi quando Até o dia em que o cão morreu surgiu novamente. Não lembrei o nome do livro. Lembrei o sobrenome do Daniel. Galera! Rapidinho achei. Comprei, baixei e li. Rápido assim.
Uma história maravilhosa, gostosa de ler. Me envolvi e me identifiquei com o protagonista. Que vontade de arrumar um cachorro. Vontade de arrumar uma modelo também.
Tanto tempo sem ler, sem terminar um livro e quando consigo faço isso rapidamente. Não durou um dia.
Um drama gaúcho trilegal, tche.
Recomendo bastante.

Gostei tanto que já providenciei mais um dele. Agora é Barba feita de sangue. Esse é maior. Vou ficar mais tempo com ele. Espero que continue nesta vibe e termine também.

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