Muita gente disse que este foi o filme mais
fofo do ano passado. Perdi no cinema, mas achei ele na programação do Now, no
Telecine Play. E é claro que eu tenho algumas coisas para dizer sobre o filme.
1- É um making off de uma gravação de um
álbum de uma cantora com um pouco de romance, corações partidos, casamentos
desfeitos, fracasso profissional, bebedeira, problemas familiares entre pai e
filha e a chance de dar a volta por cima.
2- A ideia do álbum é bem legal. Um produtor
ferrado e uma cantora amadora, que foi traída pelo namorado rockstar, gravando
músicas em vários lugares de Nova York. Eu fiquei com muita vontade de escutar
este disco.
3- O filme é dirigido pelo John Carney. John
é o diretor de Once, ou Apenas uma vez. Once é um vídeo clipe de uma hora e
meia com muito romance e canções melosas. O cara curte essa vibe de transformar
música em filme. Faz um trabalho bem simpático.
4- A cantora é a Keira Knightley. Uma
gracinha!. Keira teve que aprender a tocar violão e fez várias aulas de canto.
Nada de playback ou dubsmash aqui. Eu não entendo muito de música, mas acho que
ela mandou bem. Tem uma voz gostosa.
5- Eu li no IMDB que infelizmente Keira é
casada. O marido é músico e ele ajudou nas aulas de violão. Só que foi um
processo complicado. Ela disse que quase acabou em divórcio. Uma pena que não.
Acho que ela falou isso em tom de brincadeira.
6- Keira quase sempre faz filme de época de
antigamente. Ela tem mó carinha de moça contemporânea. Gosto mais dela em
épocas mais atuais.
7- O produtor ferrado é o novo Hulk. Depois
dos problemas com a Viúva Negra e das tretas com as mães lésbicas, Mark Ruffalo
resolveu se dedicar à procurar novos talentos musicais e se deu mal. Sorte que
Keira apareceu neste filme.
8- Yasiin Bey que antigamente era Mos Def,
rapper e ator, também tá aqui. Desta vez ele tá sério, meio malvado e com uma
barba meio esquisita. Até a voz ele engrossou. Prefiro ele sendo engraçado e
meio bobo. Vale a pena conferir o cara em 16 quadras.
9- A primeira cena do filme é bem legal. Um
amigo convida Keira para realizar uma performance ao vivo em um bar. Ela, toda
tímida, hesita, só que depois topa. Voz e violão apenas. Ela faz uma ótima
exibição. Mark tá lá no bar. Triste, desesperado e bêbado, ele escuta a canção
e fica maravilhado. Só que rola um flashback e a gente acompanha a vida dele
durante aquele dia até chegar no bar. Rapidamente vemos a sua difícil situação:
problemas no trabalho e na família. Depois, ele vai lá pro bar afogar as
mágoas. Se no início a câmera acompanhava Keira agora vemos Mark e podemos
observar seus dotes de produtor musical. A música toca pela segunda vez, mas
agora temos os outros arranjos. Mark pensa em como a música deve ficar. Uma
nova canção é escutada. Não deixa a música chata, é um artifício maneiro,
criativo e ainda mostra o talento do produtor.
10- Há vários números musicais no filme. Não
gosto de todos. Prefiro a primeira canção, a música que ela manda pro
ex-namorado e a canção que encerra o filme. Não que as outras não sejam boas.
Estas três foram as que mais me chamara a atenção. E foi interessante a posição
de cada uma. Início, meio e fim.
11- O making off, a gravação do álbum pelas
ruas da cidade e os dramas de cada personagem são bem equilibrados. O filme
ganha em ritmo e flui muito bem. Em nenhum momento fica chato.
12- A cena onde pai e filha resolvem seus
problemas é bem bonita e bastante musical.
13- Ceelo Green faz uma participação. O cara
não compromete.
14- Adam Levine, que conquista corações de
jovens mundo a fora, desta vez é o babaca do filme. Como é que pode esse cara
trair a bela Keira?
15- O grande acerto deste filme é não forçar
um romance pra ferrar com a história. Nada de clichês. O foco mesmo é a questão
de dar a volta por cima, superar um momento de dificuldades e seguir em frente.
16- Por um momento eu achei que o final ia
estragar tudo, mas o diretor se manteve coerente com a história e encerra o
filme de uma maneira satisfatória.
17- A banda de Keira é muito legal. Bem diversificada.
Poderiam sair em turnê. O diretor registrava tudo e fazia uma continuação. É o
que falta pra ele. Já fez um filme clipe e agora um making off. Um romance
durante um show seria legal.
18- Gosto quando o filme tem uma ceninha a
mais durante os créditos finais. Essa aqui é bem boa. Fecha de forma bem
simpática um filme doce.
19 – Gregg Alexander, o vocalista do New
Radicals, fez a trilha sonora junto com o diretor.
20- A garotinha de Bravura Indômita cresceu
pra caramba. Aqui ela é a filha do Hulk.
21- Catherine Keener nunca dá sorte com
maridos. Depois do virgem de 40 anos agora vem um produtor beberrão.
22- Mesmo se nada der certo! Parece título de comédia ruim. E pior, comédia ruim nacional. Begin Again é bem mais legal.
23- Coração partido ainda é a maior fonte de inspiração que existe. Quem nunca deixou na caixa postal de um ex-amor uma canção de desabafo?
Um filme feel good total. 3 tulipas e mais 1
na hora do bis.
Eu já achava o filme simpático antes mesmo de ver porque ouvi
uma das canções. Fofinha e melhor ainda na voz de Keira. Escuta ai
E as outras duas que eu mais gostei.
Essa aqui foi até pro Oscar. No filme é o Maroon 5 que canta. Claro que com ela fica melhor. Talvez se fosse ela cantando no final a história no Oscar teria sido diferente.
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