terça-feira, 21 de abril de 2015

21 coisas sobre Filhos do Divórcio

Achei esse filme perdido na grade do Telecine e tenho algumas coisas para dizer sobre ele.

1- Em inglês o título é A.C.O.D. Parece uma sigla pra algum transtorno. Na verdade é Adult Children of Divorce. Desta vez traduziram legal. E é uma ideia interessante para um filme, para mais uma dessas pequenas comédias dramáticas leves, que tem um pouco de humor e drama, sem grandes aprofundamentos. Um filme pequeno, ideal pra ser visto na tv.
2- O protagonista e o cara que mais aparece no cartaz do filme é o Adam Scott. Eu só fui ver o filme por causa dele. Adam foi e sempre será o Ben Wyatt, o amor de Leslie Knope em Parks and Recreation, uma das minhas comédias favoritas.] E funciona assim: alguém de parks and rec tá fazendo filme? Eu vou lá conferi. E gostei. Gostei mais ainda porque Adam/Ben é o protagonista. Ele é todo fofo, bobo, nerd, romântico na série e só tava fazendo papel de vilão ou cara babaca ou malandrão. Aqui ele é o bom moço que sofreu com o divórcio dos pais e ficou traumatizado e agora vai ter que lidar com isso, porque o irmão mais novo vai casar e tem que ter os pais na cerimônia. E os pais se odeiam. Eu disse que Ben sempre era safado nos filmes. Aqui ele mantem um pouco essa fama.
3 – Por falar em Parks and Rec, Amy  Poehler, a estrela maior da comédia, também tá aqui no filme. E é bizarro que ela interpreta uma madrasta do personagem de Ben. Apaixonados na série e desafetos no filme. Em um determinado momento o personagem de Ben chega até a dizer pra ela que em uma outra circunstância eles até poderiam ser amigos. Sim, numa série de comédia muito legal.
4 – Catherine O’Hara e Richard Jenkins são os pais do pobre Ben. Um dos piores casais da história do cinema. Se odiavam demais. Estragaram o aniversário de nove anos do garoto. Passaram o restante da infância dele trocando farpas e brigando na justiça. Um ódio enorme. E tudo isso influenciou negativamente o garoto. Cresceu com este trauma e nem quer saber de casamento. Ter que organizar a cerimônia do irmão mais novo e lidar com os pais é o grande problema deste filme. Afinal, os pais tem que estar presentes no casório.
5 – Pra apimentar as coisas ele tem uma namorada. E que namorada. Mary Elizabeth Winstead, a Ramona do Scott Pilgrim. Quem mulher!
6- Além de dar uns pegas na Ramona, o Ben ainda tem a cia da Jéssica Alba, fazendo uma participação especial. Cara de sorte.
7-  Clark Duke, que sempre faz papel de nerd engraçadinho, é o irmão mais novo. Desta vez ele tá meio hipster.
8- Jane Lynch também tá no elenco e pra variar ela faz o papel de uma terapeuta. Na verdade não é exatamente uma terapeuta, mas sempre escalam ela pra esse tipo de papel nos filmes. Ela que escreve o livro A.C.0.D, inspirada nos traumas de Ben.
9- Eu gostei da ideia do filme. Ver o que aconteceu com as crianças que cresceram já em um ambiente familiar onde ocorreu o divórcio. Dois lares, novas figuras maternas e paternas. Brigas e disputas. O personagem de Adam acabou crescendo descrente em relação a instituição casamento. Ter que lidar com a situação, ver o irmão mais novo prestes a se casar o incomodam. Ele tem raiva dos pais, ódio do que eles fizeram com ele. O caçula mal lembra. Foi o filho mais velho que teve que conviver com as guerras familiares e as novas mães bem mais jovens.
10- A virada do roteiro é bem legal e explora muito bem o quanto o protagonista foi afetado pela experiência na infância.
11- Stu Zicherman é o diretor do filme. Estreante em fição. O cara antes só produzia e escrevia.
12- Stu foi o roteirista de Elektra. Ele melhorou bastante desde então.
13- O filme é um pouco auto-biográfico. Stu também é um filho do divórcio e colocou muito de suas experiências no filme.
14- Pra não repetir Elektra, Ben Karlin deu uma ajuda no roteiro. Ben também é produtor. Ele faz as duas funções em Modern Family e The Daily Show with Jon Stewart.
15- A trilha sonora é bem legal. Várias músicas desconhecidas. Um som bem agradável.
16- Não sou um A.C.O.D, mas tem muitos na equipe do filme. Durante os créditos finais a galera fala um pouco sobre sua experiência e o que acham sobre casamento. Mó galera não pensa em casar por causa do que aconteceram com seus pais.
17- O final é bem legal. Me surpreendeu. Esperava uma coisa mais clichê.
18- Poderia ser um filme melhor. Talvez com um pouco mais de desenvolvimento de personagens e não mão de um diretor mais experiente. O resultado acaba sendo satisfatório. É curto, interessante e gera uma reflexão sobre o assunto. 19- Na psicologia eu estou estudando o desenvolvimento humano e este filme caiu como uma luva para deixar as aulas mais legais. Talvez até cite ele na próxima.
20- Eu acredito no casamento. Espero casar um dia. Não faço questão de igreja. Um jardim maneiro. Espero que a noiva deixe eu usar tênis.
21- O roteiro entrou na Blacklist de 2008, a lista dos roteiros mais legais que não foram feitos naquele ano.

Gostei. 3 tulipas.

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